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terça-feira, 11 de outubro de 2011

O passa-tempo do século XXI




Eu tenho certo remorso das coisas que foram e não deram sequer uma pequeníssima fração de segundos pra que eu pudesse me despedir. Pessoas que deram o fora, sentimentos que se desgastaram antes mesmo que eu pudesse tomar partido.
Fica sempre alguma coisa subtendida ou inacabada no final de cada história. E meu coração, meio tonto e às cegas, procura remoer versos em atitudes que terminaram em abortos instantâneos e que não deixaram quaisquer resquícios de um cordão umbilical que pudesse ficar como lembrança.
Tenho pavor de, num mundo como esse – onde tudo se resume em distrações e passatempos, o amor tenha entrando em uma bolha ou até mesmo se curvado aos pés dos desejos frígidos e superficiais que nós, pequenos e simples, humanos temos.
Não é difícil de notar que, hoje, tudo se resume em ir. Iludir, desistir, fingir... As pessoas pouco se importam com os sentimentos das outras. E a única saída para essa roda gigante de despedidas é abrirmos os nossos olhos e enfrentar, com atitudes maduras, as dificuldades que o amor traz. Nada vem parar do céu em nossas mãos. Seja lá um trabalho, a faculdade, o dinheiro que seus pais te dão vem com esforço ou com um pouco de flexibilidade.
O amor funciona assim, mas na prática as pessoas estão mais preocupadas com prazeres banais e que não duram mais de uma hora. O sexo – antes interligado ao amor – virou mais um dos inúmeros motivos que distanciam o homem da satisfação emocional. Trazendo à tona uma gozação infinda e particular.
O que deveria ser um prazer mútuo e bonito tornou-se imoral e escandalizado. Virgens, hoje, são vistas como idiotas. Homens que respeitam as mulheres são taxados de maricas, bichas e derivados. Eis a questão mais obvia do mundo: O desrespeito tornou-se a cara de uma sociedade evoluída ou nós, que prezamos pela necessidade de nos privarmos de ignorantes e bossais, nos tornamos pessoas atrasadas?
Sentir e dar prazer é bom. Sexo e amor não precisam andar necessariamente juntos, mas precisamos aprender que descartar pessoas não é uma coisa agradável. Não vamos aceitar atitudes hipócritas como liberdade de expressão.
Amor e sexo devem ser uma coisa bonita, saudável e prazerosa. Estando ou não na mesma via.  O que não dá pra considerar como algo normal é ver adolescentes engravidando, doenças sexualmente transmissíveis subindo notoriamente na porcentagem de pesquisas de rotina e a camisinhas sendo esquecidas porque “é mais gostoso”. Um pouco de bom senso e consciência não faz mal a ninguém.
Dar é bom. Amar é melhor ainda. Dar e amar faz a gente gozar mais gostoso. 


By Cadu Moraes with No comments

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