bolsas femininas

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Não perca tempo treinando estórias...



Paranóia, descontrole emocional, vícios gordurosos e lágrimas criando inundações dia-a-dia... O meu eterno paradigma romântico: Solidão.
Na verdade, dei pra achar que sou meu par perfeito. Que metade de mim serve pra outra metade que ninguém quer. Que os 50% que é amor, carinho, respeito e pura ingenuidade precisa dessa outra porcentagem que é cheia de máscaras e vive na defensiva 24h por dia.
Eu tenho excesso de carência e um medo que asfixia qualquer (por menor que seja) fresta de coragem. Não sirvo pra ser, em tempo integral, de alguém que não seja eu. Por isso sempre corro das possibilidades de amor, me afasto de qualquer coisa que possa me roubar de mim. Eu tenho ciúmes até do que os meus olhos vêem e do que a minha mente, burra e incompetente, insiste em aceitar como fora da zona de perigo. Eu não sei matar pessoas dentro de mim, eu não sei ir embora de nada, eu não sei como é que faz pra esquecer algo que eu não quero, eu não sei como é que faz pra gostar de quem meu coração rejeita...
Por isso assumo: Sou dois.
Um burro e outro esperto. Um que ajuda e outro que derruba. Meu coração e o meu cérebro vivem a Terceira Guerra Mundial. Entre a consciência e as cicatrizes que são impossíveis de serem removidas. Triste é saber que nenhuma tinta branca apaga o vermelho-sangue da minha memória. Triste é concluir que quanto mais vivemos maiores são as cicatrizes e que não nos deixam esquecer passados dolorosos. Nenhum ban-daid, rivotril e tarjas pretas curam ou tiram da memória marcas de amor.
E lá vem ele sambar com um salto 15 sob a muralha de areia que meu coração criou pra se proteger.
Vi tanta gente indo embora, partindo pra longe e eu firme na escolha de não reatar laços que se quebraram. Vi tanta coisa desaparecendo num passe de mágica, tanta promessa de amor virando engano, tanto pesadelo se tornando realidade e os sonhos continuarem na linha a que pertencem. Virei um viciado em dor, apatia, medo e fiz da solidão a minha maior qualidade e o ponto alto da minha defesa. Quando existe a vontade de conversar é pra mim que corro, danço qualquer música comigo, agarro a mim mesmo quando preciso de um abraço e me beijo quando necessário.  É triste? É solitário demais? É sim. Mas são esses pequenos prazeres solitários que me mantêm distante de deixar escapar mais pedaços de mim.
Fechei-me, sim. Entrei dentro da crisálida e espero um dia poder virar borboleta para mais uma vez ver apenas a intensidade valer no amor.  
A verdade é que eu sou o problema. Eu quero muito pouco e as pessoas desconfiam. Eu quero abraços, sorrisos, conversas longas... Não precisa ter promessas, pra sempre, fidelidade... Não precisa inventar um relacionamento. Eu só quero o pacote completo. Um te amo vez em quando, um boa noite antes de dormir e um pouquinho de felicidade pra levar embora esse meu desconforto emocional. Eu só quero alguém que me olhe da cabeça aos pés e faça um Raio X completo durante alguns meses de conversa e decida se quer (por um longo ou curto intervalo de tempo) ficar comigo ou não, mas que haja certeza. Que não me diga um “se” pra criar estórias e cair em armadilhas sentimentais. Que se quiser só sexo me diga antes de eu embananar tudo e acreditar que o telefone vai tocar amanhã. Eu insisto, no amor, sou um eterno adolescente e acredito veementemente que todo mundo é de verdade. Por isso não faça de brinquedo o coração alheio, não diga sentir além do que você sente, não faça promessas que você não será capaz de cumprir. O amor, pra ser inteiro, precisa ser limpo e vivido honestamente.
Antes de encarar um relacionamento, descubra-se, descubra o outro e pergunte-se se está disposto ou não a viver uma história que acabará te fazendo sofrer. Porque tudo termina em lágrimas, porque tudo nessa vida é um ir sem volta, porque os até logo, às vezes, significam adeus. Resgate a sua esperança lá de dentro de você (o que pode ser difícil) e espere as cortinas se abrirem e faça um novo espetáculo amanhã.
A vida é um trailer de cinema. Que pode ou não ser de um conto de fadas. Depende da maneira que você encara os seus problemas.







 Não há nada como You've got the love da Florence pra fechar uma noite e um texto desses.

By Cadu Moraes with No comments

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